Lendas potiguares
Contam que esse ser surge geralmente na boca da noite como uma fumaça de dentro dos fornos dos fogões quando as donas de casa estão preparando o tradicional cuscuz. E quando esse ser aparece, sai derrubando tudo que está por perto e apagando as bocas dos fogões. Sua presença é percebida pelo odor, já que com sua aparição é exalado um cheiro forte de palha de coqueiro queimada com querosene. Mas quem é esse atormentado e qual é a sua história? Consta que se trata da alma de um homem que morava no bairro da Ilha de Santa Luzia. Vivia sozinho e só se alimentava de cuscuz. Esse homem teria sido assassinado de maneira cruel por dois drogados que invadiram sua humilde residência na esperança de encontrar dinheiro para comprar pedra de crack. Quando eles invadiram a casa encontraram o homem fazendo o seu singelo cuscuz para jantar. E em um momento de extrema crueldade, os ladrões amaram o homem num coqueiro que havia no quintal, jogaram querosene e atearam fogo. E que enquanto o homem morria queimado, aos gritos de dor, os ladrões comiam o cuscuz que ele havia preparado para o jantar.
Algumas pessoas do bairro onde acontecem as aparições, já teriam até mudado o hábito de comer cuscuz no jantar. Dizem esses que pelo sim ou pelo não, é melhor evitar.